Mariane Rodrigues | Setor Comunicação
Arcebispo destacou os desafios na missão e a afetuosidade de um “povo fervoroso e acolhedor” e de um Clero que caminha junto

O arcebispo metropolitano Dom Beto Breis foi homenageado, nesta quinta-feira (3), com uma missa em Ação de Graças pelo primeiro ano de seu governo episcopal na Arquidiocese de Maceió. Ele completa esse primeiro ano destacando os desafios da missão, mas também a afetuosidade de um “povo fervoroso e acolhedor” e de um clero que, segundo suas palavras, caminha junto, tornando a jornada à frente da Igreja mais cativante.
O momento especial, que aconteceu na Reitoria Nossa Senhora da Assunção, que fica no Seminário Arquidiocesano de Maceió, no bairro do Farol, em Maceió, contou com a presença do clero, de religiosos, seminaristas e cristãos leigos e leigas.
Dom Beto Breis define o primeiro ano de sua passagem pela Arquidiocese como uma missão “desafiadora” e “cativante”.

“Encontramos vários desafios na missão, tanto do ponto de vista pastoral quanto no campo da gestão e da formação presbiteral. Ao mesmo tempo, a realidade é cativante, porque o povo daqui é acolhedor e fervoroso. O nosso clero é muito bom e soma junto. A vida religiosa consagrada tem uma vitalidade muito bonita — não só pelas belezas naturais de Alagoas, mas pela beleza da Igreja, do povo de Deus, desta Arquidiocese”, considerou o metropolita.
O arcebispo presidiu a Santa Missa e, na homilia, destacou os 40 dias no deserto vivenciados por Jesus Cristo. Por isso, segundo ele, esse número é tão simbólico, levando a Igreja a promover um chamado ao povo durante a Quaresma, para que, em 40 dias de penitência, oração e caridade, prepare-se para a Ressurreição de Cristo. “O tempo do deserto é o tempo de purificação”, afirmou o arcebispo.

Ele também recordou que as práticas intensificadas na Quaresma — aquelas que possibilitam a conversão espiritual — devem ser assumidas por cada indivíduo como uma missão que perdura por toda a vida. “Estou num processo de conversão que só termina quando a gente morre. A conversão é uma estrada: tem começo, mas não tem fim”, ressaltou o metropolita.
Embora o caminho da Quaresma seja um percurso de deserto e introspecção, Dom Beto destacou que Deus não é solidão, mas sim paciência, perdão e acompanhamento constante ao longo do trajeto.
“Deus é comunhão. Deus é Trindade — Pai, Filho e Espírito Santo. E a Igreja é chamada a ser, na história, manifestação, expressão visível da comunhão trinitária. Por isso, os ministérios ordenados — diáconos, padres, bispos — são ministérios da Igreja, a serviço da comunhão, a serviço da unidade”, considerou Dom Beto.
Para ele, quanto mais um bispo, um padre ou um diácono promove a comunhão e a unidade na porção do povo de Deus que lhe é confiada, mais fiel ele está sendo à sua missão.

“Neste ano em que estou na Arquidiocese de Maceió, tenho pedido sempre ao Senhor que sejamos agraciados com o dom da comunhão, o dom da união nesta Igreja particular. Às vezes brinco que, para chegar aos prazeres, é preciso passar pelos martírios. Ainda estou nos martírios. Mas lembro que, entre os martírios e os prazeres, há o rosário. E o rosário tem os mistérios da luz, da glória e das dores. Então, peço que rezem por nós, pela nossa missão nesta Arquidiocese. Fico muito feliz com todas as categorias do povo de Deus nesse processo. Já me sinto meio alagoano, mas, ao mesmo tempo, sei dos desafios desta missão”, complementou Dom Beto Breis.
O vigário-geral da Arquidiocese de Maceió, monsenhor José Augusto, afirmou que o dia em comemoração ao primeiro ano de pastoreio de Dom Beto foi um verdadeiro dia festivo.
“Eu digo festa porque foi uma Eucaristia na qual rendemos graças a Deus pelo primeiro ano do pastoreio de Dom Beto aqui na nossa Arquidiocese. O pastor é sempre aquele que é enviado à Igreja. Nós o recebemos como dádiva e como aquele que representa o próprio Senhor Jesus entre nós, aquele que conduz essa experiência do seguimento a Cristo aqui entre nós. Por isso, nos alegramos e rendemos graças a Deus”, externou o vigário-geral.

O seminarista Pedro Paulo, que está no quarto ano do curso de Teologia, destacou o zelo de Dom Beto pelo clero da Arquidiocese:
“Dom Beto, para nós, é um sinal de amor e de zelo pela Arquidiocese e pelo seminário. Ele tem um cuidado muito particular com os seminaristas e com o clero, mantendo-nos sempre próximos e nos fazendo cada vez mais apaixonados pelo Mestre, desejando seguir cada vez mais nosso anjo Jesus Cristo”, comentou o seminarista.
Após a Celebração Eucarística, o reitor do Seminário Arquidiocesano de Maceió, padre Márcio Nunes, com o auxílio dos seminaristas, organizou uma calorosa recepção para comemorar o primeiro ano de pastoreio de Dom Beto Breis. Um vídeo exibido em sua homenagem recordou os momentos de sua chegada, visitas pastorais e celebrações.

Os seminaristas também entoaram um cordel que narra sua trajetória nesta Arquidiocese. Padres, diáconos, seminaristas e representantes do laicato foram convidados para um jantar, carinhosamente preparado pelas senhoras do Apostolado da Oração, a fim de confraternizarem ao redor da mesa com o pastor.

O arcebispo Dom Beto Breis foi nomeado pelo Papa Francisco no dia 8 de novembro 2023 como bispo coadjutor da Arquidiocese de Maceió e no dia 6 de janeiro de 2024, ele tomou posse canônica. Com a renúncia de Dom Antônio Muniz por problemas de saúde, ele assumiu o pastoreio de toda arquidiocese em 3 de abril de 2024.
*Com colaboração de Manuela Ponciano