Confira programação da Semana Santa na Catedral Metropolitana de Maceió

Mariane Rodrigues| Setor Comunicação

Programação começa no Domingo de Ramos, dia 13, e é finalizada no Domingo de Páscoa, dia 20 de abril 

Catedral Metropolitana de Maceió.
Catedral Metropolitana de Maceió. Foto: Pascom Arquidiocesana

A Semana Santa começa no dia 13 de abril com o Domingo de Ramos da Paixão do Senhor. A Catedral Metropolitana de Maceió está com programação para receber fiéis neste momento em que recorda a entrada de Jesus em Jerusalém, quando é aclamado pelo povo; relembra a passagem de Cristo condenado e crucificado, e finaliza no Domingo, dia 20, com a Páscoa, na Ressurreição do Senhor.

A Catedral Metropolitana receberá os fiéis já no sábado (12), a partir das 18h, para a bênção dos Ramos e Santa Missa. No domingo (13), por volta das 9h, haverá a bênção dos ramos na Igreja São Gonçalo, que fica localizado Rua Aristeu de Andrade, no Farol. Em seguida, os fiéis sairão em procissão até a Catedral Metropolitana de Maceió, onde será realizada a Santa Missa. Já à noite, às 19h, a programação continua com a bênção dos ramos e a Santa Missa. As celebrações, em sua maioria, serão presididas por Dom Beto Breis, Arcebispo Metropolitano.

Segundo o Côn. Elison Silva, Pároco da Catedral Metropolitana, o Domingo de Ramos trata-se de uma “aclamação festiva”, vivida através da procissão, onde “revivemos essa experiência na liturgia de aclamar Jesus como o rei, mais o rei manso e humilde montado no jumentinho”.

Apesar do tom festivo, o dia também é chamado de Domingo da Paixão, pois inclui a leitura da paixão e morte de Jesus. É um convite a acolher Jesus que “entra em nossa vida, como o verdadeiro cordeiro, aquele que vai dar a vida para nossa salvação”, pontua Padre Elison.

Os ramos são abençoados e, posteriormente, guardados. No ano seguinte, eles são usados para produzir as cinzas da Quarta-feira de Cinzas.

SEMANA SANTA 

Na segunda-feira e terça-feira Santa haverá missas na Catedral às 18h. E na quarta-feira Santa, além da Celebração Eucarística no mesmo horário, será realizado o Ofício das Trevas, às 19h30.

“Remonta a quarta-feira das trevas como nosso povo simples diz, que é toda narrativa a partir dos salmos recordando a traição”, explana Padre Elison.  De acordo com ele, essa celebração é marcada pelo progressivo mergulho na escuridão, representando a traição e o sofrimento de Cristo.

“A igreja começa iluminada, com 15 velas acesas”, explicou o sacerdote. Essas velas vão sendo apagadas uma a uma à medida que se avançam as leituras, os salmos e as orações da celebração. Segundo o padre, esse gesto simboliza a escuridão que se aproxima com a traição de Judas e a condenação de Jesus. “Também vão se apagando as luzes da igreja, mergulhamos na noite escura da traição, da morte, do sofrimento de Jesus”, completou.

Durante a celebração, há ainda um momento simbólico em que os fiéis batem nos bancos, reproduzindo o som que remete ao tumulto da prisão de Cristo. “É um gesto forte, que marca a memória do momento em que Jesus foi entregue”, explicou.

QUINTA-FEIRA SANTA

Na quinta-feira, às 9h da manhã, ocorre a Missa do Crisma, celebrada por Dom Beto Breis com a presença de todo o clero da Arquidiocese. Os padre renovam suas promessas sacerdotais, e o Arcebispo realiza a bênção dos óleos dos catecúmenos, dos enfermos e consagra o óleo do crisma. Esse óleo é utilizado ao longo do ano nos sacramentos do batismo, crisma, unção dos enfermos, ordenações sacerdotais e consagrações de altares e igrejas.

TRÍDUO PASCAL

À noite, às 19h30, ocorre a Missa da Ceia do Senhor. Segundo o padre, é um momento marcante, com destaque para o gesto do lava-pés, que simboliza o serviço da Igreja à humanidade. “As doze pessoas representam os apóstolos, mas o sentido é de que toda a Igreja serve e é servida por Cristo”, destacou.

Ao final da missa, acontece a transladação do Santíssimo Sacramento, em silêncio, até a Igreja do Rosário, que fica localizada na Rua do Sol, no centro de Maceió. “É a procissão do silêncio. Acompanhamos Jesus que, após a ceia, é conduzido à condenação”, afirmou.

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO 

Na Sexta-Feira Santa, a programação começa às 12h, com o Ofício da Agonia. Às 15h, começa a Celebração da Paixão. Posteriormente, segue a procissão do Senhor Morto pelas ruas do Centro.

Segundo o padre Elison, esse dia tem uma importância ímpar dentro do calendário litúrgico da Igreja Católica. “Nesse dia, a Igreja não celebra a Eucaristia. Não há missa”, explicou o sacerdote. Em vez disso, é realizada uma celebração própria, chamada Liturgia da Paixão do Senhor, que acontece geralmente às 15h, horário tradicional associado à morte de Cristo.

A celebração é composta por três momentos: a liturgia da palavra, a oração universal e a adoração da cruz. Durante a adoração, os fiéis se aproximam para beijar o crucificado, em um gesto de profunda reverência e gratidão. “Ele passou pela morte de cruz para nos dar a vida verdadeira. Nós adoramos essa verdade de fé: ele nos salvou pela sua cruz”, afirmou.

Outro ponto marcante é o silêncio que envolve toda a celebração. “Ela começa no silêncio e termina no silêncio. Não se faz o sinal da cruz no início nem há bênção no final. Isso porque nos foi privada a presença de Cristo”, explicou o sacerdote. Ele também destacou que as hóstias distribuídas na comunhão da Sexta-feira Santa são consagradas no dia anterior, durante a Missa da Ceia do Senhor, pois a Igreja não realiza consagração nesse dia.

Cônego Elison enfatizou que, além de participar das celebrações, os fiéis são convidados à oração, ao jejum e à penitência. “A Sexta-feira Santa é um convite ao recolhimento, à oração pessoal e ao silêncio interior. É um dia de profunda reverência, marcado por um único foco: contemplar o mistério da entrega total de Cristo por amor”, destacou.

SÁBADO SANTO E DOMINGO DE PÁSCOA 

O Sábado Santo acontece a Vigília Pascal, às 19h30. Já no Domingo de Páscoa, a Missa Solene é realizada às 9h e às 19h.

Encerrando o Tríduo Pascal, o Sábado Santo é marcado por uma atmosfera de silêncio e recolhimento que antecede a celebração mais importante do calendário cristão: a ressurreição de Jesus. Segundo o padre Elison, trata-se de um dia profundamente simbólico, que carrega o peso da ausência e da espera.

“O Sábado Santo é o sábado do silêncio, depois da morte, vamos dizer assim, do ‘enterro’ de Jesus. Nós mergulhamos no grande silêncio”, explicou o sacerdote. Ele ressalta que este silêncio é rompido com a celebração da Vigília Pascal, quando se proclama a vitória da vida sobre a morte.

A celebração da Vigília Pascal acontece à noite e tem início com a Liturgia da Luz, exaltando a ressurreição. “É a noite da verdadeira alegria, em que proclamamos que Deus vence a morte por meio do seu Filho”, afirmou.

De acordo com padre Elison, o mistério da ressurreição é tão central para a fé cristã que sua celebração se prolonga por oito dias. “É tão grande o mistério da ressurreição que se estende até o segundo domingo da Páscoa. Vivemos esse tempo como se fosse um único e contínuo dia: a Oitava da Páscoa”, afirmou.

Cônego Elison também lembrou que a Semana Santa é um tempo propício à oração pessoal, à participação nas celebrações litúrgicas e à vivência da penitência, especialmente na Sexta-feira Santa, quando se recomenda o jejum, a abstinência de carne e a coleta para os lugares santos. “O Papa pediu mais generosidade neste ano, considerando o sofrimento na Terra de Jesus, por conta das guerras”, concluiu