Da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Vergel, Coro Prisma celebra 35 anos de espetáculos nos palcos de AL e do Brasil

Mariane Rodrigues| Setor de Comunicação

São mais de três décadas de história do Coro Prisma, que tem entrado na vida das pessoas por meio da igreja e também dos cenários culturais e eruditos de Alagoas e de outros estados do país

Coro Prisma em apresentação, celebrando a chegada de Dom Beto Breis à Arquidiocese de Maceió. Foto: Wanderlan Velozo.
Coro Prisma em apresentação, celebrando a chegada de Dom Beto Breis à Arquidiocese de Maceió. Foto: Wanderlan Velozo.

“Me senti parte de uma família da qual faço parte até hoje.” A frase é de Juliete Karla Bezerra, ao recordar o momento em que passou a integrar o Coro Prisma, em 1992, quando tinha apenas 16 anos.

Dois momentos marcantes fazem parte da sua memória em relação ao grupo: a primeira missa em que cantou com o coro e o dia do seu casamento. Foi o Coro Prisma o responsável por levar música e emoção à cerimônia realizada na Igreja do Livramento, no centro de Maceió.

Já são 35 anos de história do Coro Prisma, que tem entrado na vida das pessoas por meio da igreja e também dos cenários culturais e eruditos de Alagoas e de outros estados do Brasil, desde o dia 15 de abril de 1990.

Foi na Paróquia do Perpétuo Socorro, no Vergel do Lago, que surgiu o primeiro grupo, ainda com o nome de São Rafael. Formado por 26 cantores, todos homens, o grupo tinha como objetivo principal celebrar as liturgias.

Uma fita cassete do movimento Focolares, que registrava uma missa com a participação de homens e mulheres no canto, inspirou o maestro Gustavo Campos a incluir vozes femininas no novo grupo. Ele relembra que o movimento valorizava a elaboração de CDs, DVDs, partituras e missas arranjadas para quatro vozes, com acompanhamento de piano, formando um rico acervo ainda utilizado atualmente.

“Eu achei tão bonita a missa e a participação feminina no contexto das músicas, que fiquei muito estimulado a convidar algumas meninas que faziam parte dos grupos de jovens da Paróquia do Perpétuo Socorro. Como eu fazia parte da equipe de liturgia, tive a audácia de selecionar as pessoas com maior propensão à afinação. Assim, formamos o Coro Prisma”, relata o maestro Gustavo Campos.

Coro Prisma em apresentação, celebrando a chegada de Dom Beto Breis à Arquidiocese de Maceió. Foto: Wanderlan Velozo.
Coro Prisma em apresentação, celebrando a chegada de Dom Beto Breis à Arquidiocese de Maceió. Foto: Wanderlan Velozo.

Iniciado como um coro voltado exclusivamente para apresentações litúrgicas, o Coro Prisma ganhou reconhecimento e ampliou seu alcance. Com o tempo, passou a se apresentar também em eventos culturais, casamentos, aniversários, congressos e outras reuniões sociais.

Além disso, tanto o maestro quanto os integrantes buscaram capacitação contínua, aprimorando suas habilidades vocais e sendo influenciados por outros maestros ao longo das décadas.

Coro Prisma no Concerto de Natal na Paróquia Universitária Santa Teresinha de Lisieux.
Coro Prisma no Concerto de Natal na Paróquia Universitária Santa Teresinha de Lisieux.

Enriquecendo a identidade cultural alagoana, o Coro Prisma levou suas apresentações para diversos estados brasileiros, como no Festival Maranhense de Coros, em São Luís (MA); no Encontro de Coros das Cidades do Rio Grande do Norte; na Percantum Mostra Musical, em Recife (PE); e no Festival CantarES, da Universidade Federal do Espírito Santo. Também realizou apresentações em Minas Gerais e Salvador (BA).

Em Maceió, o maestro destaca o espetáculo “Luar do Sertão”, um tributo a Luiz Gonzaga, com apresentações pela capital, e “Splish-Splash, na onda do Iê Iê Iê”, uma homenagem à Jovem Guarda e aos anos 60.

Na vertente erudita, com coro e orquestra, o grupo brilhou em apresentações como a “Missa Brevis”, de Mozart, e o “Te Deum Laudamus”, do pernambucano Luís Álvares Pinto, além de concertos de Natal e parcerias com a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Alagoas.

Coro Prisma completa 35 anos de história.
Coro Prisma completa 35 anos de história.

“Ao longo dos anos, formamos outros grupos. Daqui saíram vários maestros que hoje têm seus próprios coros. Já formamos educadores musicais que atuam na rede pública, além de cantores líricos que hoje trabalham em outros estados, como o Jadson Álvarez, professor de canto que vive única e exclusivamente da música”, pontua o maestro.

Juliete, hoje com 48 anos, integra a coordenação do coro. Ela cresceu junto com o grupo e descreve como “mágica” a atmosfera das apresentações e ensaios. Para ela, “a música é vida”.

“Quando a peça começa a se formar e, depois de pronta, ao som de quatro vozes, tudo se torna muito lindo”, descreve.

“A música cura, anima, acalma e envolve. Tenho grandes experiências. O Prisma está sempre presente na minha vida e na da minha família. Sempre participei das coordenações e sempre me dispus, de corpo e alma, a estar no Prisma. Criamos laços, amizades longas e duradouras. Missas de aniversário, eventos… tudo isso contribuiu para a minha permanência no coro”, conclui ela.